domingo, 28 de dezembro de 2008

Crianças ocupam INCRA-Pb

Foto arquivo M. do socorro X. Batista

Agricultora cultiva roça de mandioca



Foto arquivo M. do Socorro X. Batista




Caminhada em defesa da Reserva Ambiental















Foto arquivo M. do Socorro X. Batista


Arquivo M. do socorro X. Batista

Reserva Ambiental do Assentamento


Foto arquivo N. do Socorro X. Batista

Assentamento Tiradentes

Assentamento Tiradentes
Na luta pela independência
Pra libertar o Brasil de Portugal
Organizou-se a inconfidência
Despertando o fervor nacional

Impostos cobrados pelo império
Causaram revolta da população
Que via as riquezas do minério
Irem embora da nossa nação

Joaquim José da Silva Xavier
Também conhecido Tiradentes
Entrou na luta pro que der e vier
Na luta dos inconfidentes

Lutou pela Liberdade do Brasil
Não tinha hora ou momento
Mas um bajulador o traiu
Delatando o movimento

Tiradentes foi morto enforcado
Mas se tornou herói da resistência
Seu exemplo é sempre lembrado
Sendo símbolo de independência

Sem terras e posseiros acamparam
Cansados de tanta exploração
A fazenda Gendiroba ocuparam
Querendo terra para plantação

Depois de três anos de resistência
Os despejos não os desanimaram
Com organização e persistência
Suas terras conquistaram

O símbolo dos inconfidentes
Eles resolveram homenagear
Especialmente o Tiradentes
Resolveram sua terra nomear

Ainda há muito a conquistar
Pra safra o financiamento
Na roça se precisa plantar
Adquirir muito conhecimento

Boa escola pra se estudar
Com todas as condições
Nossa cultura valorizar
Se aprender as lições

Com união e solidariedade
Assentados organizados
Vida no campo e dignidade
Poderemos viver sossegados

Maria do Socorro Xavier Batista
Profa. Dra. UFPB
João Pessoa, agosto 2007.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Escola de EIEF Tiradentes

Foto arquivo M. do Socorro X. Batista


A escola é composta por duas casas, que antes do Assentamento eram ocupadas como residencia temporária da família proprietária da então chamada Fazenda Gendiroba
Escola EIEF Tiradentes - Mari-Pb
Foto arquivo M. do Socorro X. Batista

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Dança Festa de São João
Foto arquivo da Escola
Festa de São João 2008
Foto arquivo da Escola
Plantação de mandioca
Foto arquivo M. do Socorro Xavier Batista



Açude do Assentamento

Foto arquivo M. do Socorro X. Batista



Criação de animais em lote residencial
Foto arquivo Socorro Xavier

Produção de Artesanato

Fabricação de esteira com palha de capim por assentada
Foto arquivo M. do Socorro X. Batista



Agricultura Familiar

Policulturas em lote residencial do Assentamento Tiradentes
Foto arquivo M. do Socorro X. Batista



Capela

Capela às margens do açude
Foto arquivo M. do Socorro X. Batista



Ciranda com todos os participantes da exposição folclórica da Escola EIEF Tiradentes
Foto arquivo M. do Socorro X. Batista





Dança folclórica
Foto arquivo Maria do Socorro Xavier Batista

Apresentação de dança folclórica

Arquivo Maria do Socorro Xavier Batista




quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Dança folclórica crianças da Escola Tiradentes
Arquivo: M. do Socorro X. Batista

















Dança folclórica alunos da Escola Tiradentes

Crianças com máscaras de saci pererê
















Exposição sobre folclore da Escola Tiradentes
Arquivo M. do Socorro X. Batista

Transporte com carroça

Foto arquivo Maria do Socorro Xavier Batista

Plantação de mandioca

arquivo M. do Socorro Xavier Batista


História do Assentamento Tiradentes

História da conquista e dinâmica organizativa atual do Assentamento Tiradentes
Por Deyse Morgana das Neves Correia

Situado num município com significativo histórico de organização e luta social e política dos trabalhadores rurais, o Assentamento Tiradentes (Figura 3) é originário da mobilização dos trabalhadores rurais sem terra na “Marcha em defesa do Brasil”, que partiu de Cajazeiras, em 1998, cruzando 28 municípios paraibanos até chegar em João Pessoa. Segundo um morador do Assentamento Tiradentes que participou ativamente do processo de conquista da área desde a passagem da Marcha na região de Mari, houve a adesão de muitas famílias à Marcha, famílias que dependiam do trabalho no campo, que se encontravam expropriadas, enfrentando uma grave situação de desemprego.
Então, com o apoio dos militantes da Marcha do MST, iniciaram as ocupações de terras na região e o primeiro assentamento conquistado foi o Chico Mendes, antes fazenda Ipanema, situado no município de Riachão do Poço. No ano seguinte, no dia 11 de setembro de 1999, famílias inteiras ocuparam a fazenda Gendiroba, onde se instalaram em barracas de lona preta por cerca de três anos até que houvesse, por parte do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), a desapropriação das terras e a devida divisão dos lotes e oficialização do Assentamento.
Sabe-se, porém, que, quando foi iniciado o trabalho para que as famílias de Mari ocupassem as fazendas improdutivas, o poder político da cidade se posicionou contrariamente, como afirmou um assentado de Tiradentes: “os políticos [...]começaram a criar na mente do povo que isso não dava certo, reforma agrária desse tipo, ocupando, não vai dar certo”. Alegaram que essa atitude resultaria numa nova “Tragédia de Mari” e recriaram o clima de medo que ensombrou a região em 1964. Por isso, resolveram reunir as famílias do município vizinho de Sapé para realizar as ocupações.
Na fala de um morador, líder das ocupações em Mari:
E quando a população de Sapé ocupou, aí o pessoal começou a pensar que ia dar certo. E começou o pessoal de Mari a se infiltrar, [...] acreditando que só a luta era capaz de vencer o latifundiário. [...] Quero dizer, [...], até quem tinha medo, que não tinha passado aquele medo, que se lembrava daquela revolução de 64, a guerra sangria que houve, passou o medo e hoje, graças a Deus, estamos aqui. Tudo produzindo, tá aí uma beleza o assentamento pra você vê.
Regulamentado o Assentamento Tiradentes, viabilizou-se a utilização social de uma extensão territorial de aproximadamente de 1.719 hectares de terra que se limitam: ao norte, com a fazenda Betânia e o sítio Açude Grande; ao sul, com a fazenda Olho D’água e a sede do município; a leste, com a fazenda Nossa Senhora de Lourdes e a fazenda São Salvador; e, a oeste, com o Assentamento Zumbi dos Palmares, o sítio Taumatá e a mata. A distância do Assentamento Tiradentes até a sede do município é de cerca de sete quilômetros.
O Assentamento é organizado sob a estrutura de agrovila formada por ruas, avenidas e quarteirões na qual concentram-se as moradias dos assentados, a associação, as igrejas, o comércio. Os lotes da agrovila destinados à moradia contam com uma área de um hectare, nos quais os camponeses costumam plantar uma variedade de produtos e também costumam criar animais, caracterizando a cultura de subsistência, pois estes produtos são destinados ao consumo da família.

Localização e extensão do Assentamento

O Assentamento Tiradentes tem uma extensão territorial de aproximadamente de 1.719.7 hectares de terra. Localizada na micro-região de Sapé. Os limites do Assentamento Tiradentes: ao Norte: Fazenda Betânia e Sítio Açude Grande. Ao Sul: Fazenda Olho D’água e a Sede do Município. A Leste: Fazenda Nossa Senhora de Lourdes e Fazenda São Salvador. A Oeste: Assentamento Zumbi dos Palmares, Sítio Taumatá e Mata. A distância do Assentamento Tiradentes até a sede do Município é de sete (07) quilômetros.

Rua principal do Assentamento

Foto M. do Socorro Xavier Batista